domingo, 17 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017

Domingo, 17 de dezembro, reunião da UJS. Ainda, Allysson? Sim, e isso é um sentimento meu também. Mas é preciso fechar o ano, preparar o próximo, que não será nada fácil.
Este último também não foi. Foi o ano das recusas. Andei me acostumando com os "nãos", e isso me tornou um pouco difícil também, portanto aproveito para me desculpar com os envolvidos. O doutorado não foi, emprego qualquer também não. Também foi o ano de me confrontar com a ideia de que ainda sou jovem, e que até tenho algum valor entre os camaradas. Possivelmente, você leitor, encontrará sua resposta para a pergunta do primeiro parágrafo nesta reflexão, ainda que para mim isso só se revele agora. O tal do "reconhecimento" que todo mundo anda querendo, só encontro na militância.
Mas o próximo ano é também quando fico velho, assim me diz a UJS. Este casamento terá um fim doloroso, penso. Mas há um tempo havia feito a opção de não passar pela dor, e vejo que foi importante mudar de ideia. É um marco importante em minha vida, que não poderia ter passado em branco.
Levantar a cabeça é fundamental. Quase 30, ainda tentando entrar no mercado de trabalho, nenhuma perspectiva de futuro. Luto para amadurecer, tomo gosto pela profundidade da vida e perco o tesão pela euforia da juventude, mas ainda me faltam as "condições objetivas" para respirar.
Todavia, há uma observação empírica a ser feita: Está difícil me derrubar! A cada tiro, caio e me levanto, e nessa vou seguindo cada vez mais coisa ruim. Toda esta dificuldade da vida deveria servir para afogar, mas emerjo. Emergimos. Surgimos, retornamos em nova posição. E é nesse emergir que passo do singular ao plural, e sendo plural faz sentido lutar.
Tal como a fênix, estamos sempre voltando, e nossa magia é ser a própria contradição. O privilégio de ser antítese nos garante a imortalidade, e a vitória ainda virá, nem que seja pelo cansaço. Bom 2018!

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