domingo, 20 de fevereiro de 2011

O salário mínimo e a luta pela redução da jornada de trabalho


 
Wagner Gomes: Presidente da CTB






A grande queda de braço desta semana pelo valor do salário mínimo terminou com a vitória do Governo, no entanto as Centrais Sindicais estão de parabéns. A atuação dos trabalhadores criou grande embate no Congresso, atraindo até o tucanato oportunista para a pauta. Grande exemplo de combatividade e habilidade política para aqueles que estão sempre com o indicador apontado para os movimentos sociais.

 Por Allysson Lemos

Dilma inicia seu governo com freio de mão puxado. O aumento da taxa de juros, o enorme corte prometido no orçamento da União que envolverá inclusive a realização de concursos, o velho medo da inflação. Tudo isto combinado com o tímido reajuste do salário mínimo configura a velha receita econômica em quem paga a conta é o trabalhador, recebendo elogios até da mídia patronal. Isto vem desagradando diversas entidades e instituições da sociedade civil, e esta semana foi a vez das Centrais Sindicais darem uma amostra de sua capacidade política pautando o Congresso Nacional e chamando a atenção do povo brasileiro para a batalha política deste meio de semana em Brasília.
As centrais, radicalizadas na luta pelo mínimo de R$580,00 conseguiram chamar a atenção até da oposição tucana, que de forma oportunista encaminhou proposta de mínimo de R$600,00. Além do valor do mínimo, os trabalhadores denunciaram a falta de diálogo do Governo na formulação da proposta. Este saiu vitorioso na votação e aprovou o mínimo de R$ 545,00, mas não sem comprar um grande desgaste com a sociedade civil.Para Wagner Gomes, novo salário mínimo é "A Carta aos Brasileiros" de Dilma. E a vitória política dos trabalhadores foi a de conseguir abrir a porta para suas pautas. Alguns deputados da base governista já apresentaram a questão da jornada de trabalho como margem de recúo.
À frente, companheiros, até a vitória!

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