sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ricardo Teixeira: O caudilho do futebol brasileiro

Após os belos artigos dos comentaristas da ESPN PVC e Mauro Cezar Pereira, venho apresentar a minha opinião, obviamente não tão embasada quanto a desses dois grandes de nossa mídia esportiva. É a primeira vez que o Sinal Preto escreve sobre futebol, talvez motivado pelos absurdos da última semana. Uma análise atenta às movimentações da CBF e da Rede Globo nos fazem até achar graça, para não chorar, do amadorismo e mandonismo do nosso futebol.
Como descreve Mauro Cezar, Ricardo Teixeira vinha vendo se fortalecer uma oposição inédita ao mandonismo da CBF, desde o episódio da eleição da presidência do Clube dos 13, em que Kléber Leite, um cartola a moda antiga do nosso futebol (isto não é nenhum elogio), teve apoio negado pelo próprio Flamengo, clube do qual já foi presidente. Tal fato com certeza foi motivado muito mais pela disputa interna do clube, tendo em vista que ele e Patrícia Amorim, atual presidente do Flamengo, ocupam campos opostos. Mas o que interessa é que ali, Flamengo e São Paulo começaram a construir uma oposição ao articulado Ricardo Teixeira.
No entanto, como tudo no futebol é marketing, Ricardo Teixeira retornou com uma polêmica que já estava enterrada para desestabilizar essa oposição: De quem é a Taça de Bolinhas?
Para quem não sabe, a Taça de Bolinhas é dada par o primeiro pentacampeão brasileiro. Como a CBF não reconheceu o título rubronegro de 1987 ( mais uma lambança), os mesmos Flamengo e São Paulo brigam pela taça. Após entregar a taça ao São Paulo, Ricardo Teixeira comprou Patrícia Amorim reconhecendo o título do Flamengo de 1987!! Assim, a Taça de Bolinhas deveria ser tomada do São Paulo e entregada ao Flamengo.
Ou seja, esta decisão, justa e que há muito tempo deveria ter sido tomada, o foi só agora a fim de ganhar o apoio do Flamengo nesta questão da transmissão do Campeonato Brasileiro. A Globo, prestes a perder o monopólio de anos sobre o campeonato uniu-se a CBF contra os clubes que defendiam a quebra do monopólio. E através da Taça de Bolinhas desestabilizou a oposição do Clube dos 13, isolando o São Paulo.
O quadro é este. Enquanto nosso Caudilho distribui títulos, retira taças para ganhar apoio, nossa emissora democrática lhe dá todo respaldo para garantir o seu monopólio. E as especulações agora são de racha e realização de dois campeonatos, enquanto o nosso futebol é colocado de lado e encarado como mercadoria, que certamente sairá desvalorizada deste imbróglio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário