sábado, 19 de março de 2011

A "Visita" de Obama

A marcada visita de Obama para este final de semana tem gerado grandes polêmicas no país. O presidente dos EUA, desde sua campanha com marketing avassalador conseguiu abarcar um sentimento de conquista do povo negro nos EUA, que tanto sofreu a opressão branca de um racismo institucionalizado. Ao mesmo tempo, Obama captou o sentimento americano em geral, de povo vencedor, protagonista e dominador.
Muito mais hábil e carismático que seu antecessor, Obama passa ileso pelas críticas superficiais no estilo Michael Moore, as quais eram direcionadas a política belicista de George W. Bush. Tanto o é, que ninguém poderia imaginar o último discursando na cinelândia sem uma massa enfurecida contra ele. 
No entanto, partindo para uma análise mais concreta, Obama é apenas uma versão "simpática" de Bush, este sim durão, cowboy, e inspirador do ódio em milhares de pessoas pelo mundo que são oprimidas pelo imperialismo yankee. Obama não retirou as tropas do Iraque, não mudou um milímetro a política de arrocho à economia cubana, e já tem seu maquinário de guerra pronto para invadir a Líbia. Durante a crise econômica, ao contrário do Governo Lula que manteve a segurança da economia brasileira através de investimentos no poder de compra do trabalhador, como o programa Minha Casa, Minha Vida, a expansão do PAC e do Bolsa Família, o governo americano preferiu investir verba pública nos seus bancos privados, o que nos faz pensar que talvez ele represente mais os grandes empresários brancos estadunidenses responsáveis pela exploração de mão de obra negra em todo o mundo do que propriamente os negros americanos.
Neste sentido, Obama nada difere de Bush. Representa a mesma política imperialista que oprime povos e nações mundo a fora. Que estrangula milhões de trabalhadores no mundo em prol de algumas famílias de empresários brancos estadunidenses. E sim, ele vem discursar no Teatro Municipal. Mas nós não somos seu rebanho, não mais.
E uma mensagem ao PT: que dêem continuidade à política de Lula, de valorizar os acordos com os emergentes e os oprimidos, selando um acordo anti-imperialista no mundo. Porque nós, intelectuais, estudantes e trabalhadores brasileiros não aceitaremos subserviência ao Império dos Estados Unidos.
Obama, go home!

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