segunda-feira, 25 de abril de 2011

Na Barrica de Rum: Festa Universitária e Capitólia em Lisboa.


Por Bruno Rabello
Um dia, Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld tiveram uma ideia. Talvez uma das ideias menos originais da terra, homens se  juntam e se perguntam: vamos fazer uma festa? Pois é, e fizeram, foi na pequena cidade de Woodstock, no ano de 1969. A festa foi um grito que até hoje está ecoando pelo planeta, dizem que se você encostar o ouvido no chão ainda pode ouvir Hendrix e sua banda Gypsy Suns and Rainbows .O mérito não estava na ideia, que era velha, mas de alguma forma em captar e conseguir representar anseios, sonhos. Depois vieram as empobrecidas cópias, sem expressão e só com o intuito de arrecadar (a ideia orignal também arrecadou), ainda não conseguiram ser ouvidas além do momento em que acabaram. Um clássico exemplo é o nosso Rock’n Rio, que já foi em Lisboa e com apresentações de axé, pop e tudo mais. Acabaram com o rock e com o rio, o que restou? Não vou nem chegar perto deste evento esse ano, afinal ali todos somos apenas mais um ingresso. Aqui na ilha as festas vão bem, obrigado. Muitas delas com anos de tradição, ainda existem as boas festas universitárias. Mas o risco ronda a ilha a algum tempo, a última conversa que tive com capitólia, uma das jovens habitantes foi alarmante. Com a pouca desgustação de cervejas e com uma apreciação musical comprometida, a jovem anda meio estonteada com o Rock’n Rio. Disse que não vai mais se dedicar as comemorações da ilha, mas vai se dedicar agora ao exercício de integrar-se ao D\T\rance, Music, Axé, Pop, Não sei o que Lisboa da Tijuca. Tudo bem, mas a bela capitólia, aquela linda morena está mudando. Temo pelos seus olhos de ressaca. É certo que ela faz sucesso, mas não o faz pelos seus delicados detalhes. A quem diga que a fama e o dinheiro mudam as pessoas, mudam as pessoas as coisas, mudam tudo. As comemorações aqui nem sempre foram assim, eram comemorações em que se comemorava, se brindava e  ouvia-se a musica que estava sendo tocada. Cada grupo fazia a sua e todos eram convidados, para a mata ou mesmo para o carnaval. Agora bebe-se o mesmo em todos os lugares, ouve-se a mesma coisa e ainda levam o nome da ilha para lisboa. Portanto querida capitólia não vá para a lisboa da tijuca, lá passagem é cara e você não é amiga do rei.

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