Quem disse que o mundo não tem seus donos? O ex-chefe do FMI, Dominique Strauss-Kahn, preso por acusação de estupro de uma camareira em um hotel em Nova York, será solto hoje.
Por Allysson Lemos
Segundo a descrição do site Wikipédia, o Fundo Monetário Internacional poderia ser descrito como " uma organização internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira". Ou seja, o FMI é o órgão responsável pela manutenção das relações de dependência internacional, ao qual as nações em desenvolvimento recorrem para salvar suas balanças comerciais e, por consequência, para aumentar sua dívida externa. Em suma, o FMI é um símbolo da ordem capitalista no mundo e serve para assegurá-la.
Imagine agora o poder representado no personagem desta semana, o Sr. Dominique Strauss-Kahn. Atenções para sua agora falida tentativa de se eleger presidente da França, para o caos gerado nas bolsas de valores européias com a sua prisão, que agravou ainda mais a crise na Grécia, por exemplo. Porém pouca atenção à pobre camareira do hotel nova iorquino, vítima de um dos crimes mais horrendos, uma grande humilhação para um ser humano, que por ela jamais será esquecido.
Sem dúvida, sob esta certeza, o próprio cometeu este crime. Pagando U$ 1 milhão em fiança ele será solto, após apresentação de recurso. O mesmo valor havia sido recusado pela Justiça pela alegação de que era possível que o réu fugisse do país, o que dificultaria a resolução do caso. Este valor, que não há de ser nada para o chefão do FMI, certamente seria impossível para um criminoso comum, o que nos leva a refletir sobre a justiça da Justiça no sistema capitalista. Onde estaria John Silver num momento como esses?
Meu caro,
ResponderExcluirO sistema de fianças é proporcional as posses. A regra deve ser a liberdade não a prisão, senão para onde vai a presunção de inocência? Direito que lutamos mt para conquistar e devemos ampliar a todos e não restringir de acordo com nossas preferências políticas. A luta é para que todos tenham condições de recorrer em liberdade não para que alguns o tenham por que tem dinheiro.