Este período do ano é especialmente interessante para evidenciar as diferenças que existem entre políticos, para aqueles que acreditam que estes representam uma unidade de "ladrões da mesma laia". Quando em época de eleição, de fato todos defendem a saúde, a educação, o trabalho, a moral e os bons costumes. No entanto, em época de discussão do orçamento, os interesses surgem e a luta de classes é ainda mais perceptível. Portanto, vale a pena prestar atenção com cautela nos noticiários deste mês.
Por Allysson Lemos
Enquanto semana passada os estudantes em passeata reivindicavam 10% do PIB para a educação, dentre outras bandeiras que estavam na pauta apresentada a presidenta Dilma Roussef, os servidores seguem pedindo seu aumento de luxo de 56%, o que gerararia cerca de R$8 bilhões a mais aos cofres públicos. Sabemos que todo trabalhador é merecedor de aumento a fim de conseguir manter o seu padrão de vida, mas sabemos que este percentual não é realidade para maioria das categorias profissionais, que penosamente conseguem um aumento um pouco maior que a taxa de inflação do ano. A presidenta, afim de evitar o desgaste, deixou a decisão ao Congresso Nacional, mas disse que este aumento acarretaria um corte automático nas áreas de Educação, Saúde e Combate à Miséria.
As lideranças do PT no Congresso vêm se mostrando contra o aumento, mas será interessante ver o posicionamento dos deputados sobre esta e outras questões, além de pôr em cheque a influência dos segmentos, seja o judiciário, seja os estudantes. Vale lembrar que a expansão da Universidade iniciada no segundo governo Lula foi interrompida esse ano, sob a argumentação de que eram necessários cortes orçamentários.
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