Que bela surpresa! Depois de longos meses sem notícia, este velhaco do Atlântico Norte me surpreende em minha caixa de emails com mais uma história. Não poderia deixar de compartilhar com o caro leitor. Com a palavra, Long John Silver!
" Caro Allysson,
Mais uma vez lhe envio notícias estando em falta com o bom amigo. Saiba você que estive por suas bandas na última semana. Mas não pude fazer muito estardalhaço. Depois daqueles últimos escritos que lhe fiz, as embarcações daquele maricas real estão a me perseguir, e por esta razão não lhe avisei de minha chegada.
Nestas minhas fugas por portos do Atlântico Sul, me aventurei pela Baía de Guanabara, por onde antes os franceses invadiram esta terra. E que beleza de baía! E que beleza reencontrar aqueles maricas logo aqui, tão distantes da França! Mas isto fica para o final da história...
Estive aí metade por acaso, metade pela expectativa do novo. Quando fugia das balas de canhões da Coroa Inglesa fiquei sabendo de uma celebração que ocorreria na Ilha dos Oráculos, onde vivem aqueles que tudo sabem e que, vez por outra, compartilham com alguém. Soube que seus subalternos ( estes sempre me são bem mais agradáveis, como você bem o sabe) têm o costume de realizar uma festa onde mudam seus trajes afim de imitar uns aos outros, e assim divertir-se com a própria imaginação. Para um contador de histórias como eu, nada mais inventivo e atrativo, e decidi tentar a sorte, como vocês dizem por aí, apesar dos riscos de parar a viagem com os maricas no nosso encalço e do próprio custo que tivemos com o desviar da rota.
E imagine você, escritor guarani, que o que mais havia eram homens e mulheres vestidos de bravos marujos!!! Não pude me sentir mais em casa... eu, obviamente, estava de oráculo, afinal a habilidade para os disfarces é uma de minhas qualidades!
Povo humilde e acolhedor este da terra dos Oráculos! Bebida para um navio inteiro sedento (ainda que eu nao consiga entender como vocês prefiram esta cerveja ao velho rum), não foi preciso puxar meu facão contra nenhum reles desafiador, além de belas companhias, velho marujo, muito belas!
E quando tudo parecia chegar a um desfecho, eis que me surge um francês para salvar a viagem! ho ho ho..
Tudo nos faltava: rum, comida, munição. E este oráculo francês anuncia, fazendo bico: "Eu tenho o mapa da mina!!"
Você sabe, caro Allysson, este sujeito reuniu dois defeitos. Oráculo e francês. E estes oráculos franceses são os piores, não compartilham seu conhecimento com ninguém, só deixam as migalhas! Mas ele tinha o mapa... Veja bem, tinha..
Sigo viagem, caro amigo. Mande lembranças ao senhor Paulo Victor, aquela raposa dos sete mares! Se encontrar um francês num bote na Baía de Guanabara faça a gentileza de ajudá-lo a retornar à terra firme.
Abraço,
Long John Silver"
" Caro Allysson,
Mais uma vez lhe envio notícias estando em falta com o bom amigo. Saiba você que estive por suas bandas na última semana. Mas não pude fazer muito estardalhaço. Depois daqueles últimos escritos que lhe fiz, as embarcações daquele maricas real estão a me perseguir, e por esta razão não lhe avisei de minha chegada.
Nestas minhas fugas por portos do Atlântico Sul, me aventurei pela Baía de Guanabara, por onde antes os franceses invadiram esta terra. E que beleza de baía! E que beleza reencontrar aqueles maricas logo aqui, tão distantes da França! Mas isto fica para o final da história...
Estive aí metade por acaso, metade pela expectativa do novo. Quando fugia das balas de canhões da Coroa Inglesa fiquei sabendo de uma celebração que ocorreria na Ilha dos Oráculos, onde vivem aqueles que tudo sabem e que, vez por outra, compartilham com alguém. Soube que seus subalternos ( estes sempre me são bem mais agradáveis, como você bem o sabe) têm o costume de realizar uma festa onde mudam seus trajes afim de imitar uns aos outros, e assim divertir-se com a própria imaginação. Para um contador de histórias como eu, nada mais inventivo e atrativo, e decidi tentar a sorte, como vocês dizem por aí, apesar dos riscos de parar a viagem com os maricas no nosso encalço e do próprio custo que tivemos com o desviar da rota.
E imagine você, escritor guarani, que o que mais havia eram homens e mulheres vestidos de bravos marujos!!! Não pude me sentir mais em casa... eu, obviamente, estava de oráculo, afinal a habilidade para os disfarces é uma de minhas qualidades!
Povo humilde e acolhedor este da terra dos Oráculos! Bebida para um navio inteiro sedento (ainda que eu nao consiga entender como vocês prefiram esta cerveja ao velho rum), não foi preciso puxar meu facão contra nenhum reles desafiador, além de belas companhias, velho marujo, muito belas!
E quando tudo parecia chegar a um desfecho, eis que me surge um francês para salvar a viagem! ho ho ho..
Tudo nos faltava: rum, comida, munição. E este oráculo francês anuncia, fazendo bico: "Eu tenho o mapa da mina!!"
Você sabe, caro Allysson, este sujeito reuniu dois defeitos. Oráculo e francês. E estes oráculos franceses são os piores, não compartilham seu conhecimento com ninguém, só deixam as migalhas! Mas ele tinha o mapa... Veja bem, tinha..
Sigo viagem, caro amigo. Mande lembranças ao senhor Paulo Victor, aquela raposa dos sete mares! Se encontrar um francês num bote na Baía de Guanabara faça a gentileza de ajudá-lo a retornar à terra firme.
Abraço,
Long John Silver"
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