domingo, 8 de janeiro de 2012

O seu ônibus vale R$2,75?



Surgem de todos os lados manifestações contra o recente aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro, de R$2,50 para R$2,75. Um tanto acomodados com os constantes aumentos do valor da passagem, desta vez os cariocas não toleraram esta afronta que significa um aumento de R$10,00 mensais em bolsos que já não andam muito cheios, caso o cidadão utilize o meio de transporte duas vezes ao dia. Este mesmo cidadão passará a gastar uma quantia de R$121,00 com despesas de transporte.
Isto tudo nos leva a crer que a política de transportes na cidade do Rio de Janeiro (e porque não no Estado) é pensada a beneficiar apenas as empresas que lidam com o serviço. Em nada evoluímos em termos de planejamento urbano, ou seja, os ônibus continuam escassos e lotados, o trânsito só aumenta devido a um péssimo planejamento das linhas e, os motoristas e trocadores continuam exercendo sua função em péssimas condições de trabalho, quando estes últimos não são descartados na utilização do microônibus, que levam os motoristas a um alto estresse e aumentando os riscos de acidentes.
Além do arbitrário aumento da passagem, as empresas têm carta branca para agirem como quiserem, haja vista que suas concessões são renovadas automaticamente sem diálogo com a sociedade civil. Isto vale também para as barcas, trens, e metrô. A Supervia, que presta o serviço ferroviário, é recordista de queixas e processos contra si, de abusos cometidos por trogloditas contratado como seguranças que usam e abusam de violência para resolver os problemas do serviço mal prestado por ela própria. Além das escandalosas chicotadas aos passageiros em Madureira, o jornalista Duilo Victor levanta a denúncia no Jornal O Globo de hoje de um passageiro que teve parte de sua orelha arrancada por um segurança da Supervia na estação de Cascadura. Faz-se urgente pensar uma política alternativa para a política de transportes do PMDB no Estado do Rio.

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