Por Allysson Lemos
Esse foi o comando yankee. Assassinado sem julgamento e jogado ao mar, de forma que ninguém se interessasse em saber as condições de sua morte, assim perdeu a vida Osama Bin Laden. Contra tudo que os próprios defendem enquanto democracia, justiça e todos os seus costumeiros valores de classe escarrados contra os povos por eles oprimidos.
Assim é a "Guerra ao Terror" dirão eles. É um slogan bastante convincente, eu diria. Obama, em seu anúncio, faltou apenas expor a cabeça de seu adversário, como exemplo àqueles que ousam enfrentar o poder dos Estados Unidos da América. E ainda há quem ache que a guerra é coisa do passado, que caminhamos para a paz. Enquanto houver expansão do Capital haverá espaço e alimento para o mercado da guerra.
Mas, de que se trata este terror? Seriam estes grupos islâmicos chamados extremistas grandes coletivos de loucos, fanáticos, que pelo próprio instinto da maldade cometem atentados terroristas? Ou esta história de bem e mau é mais uma reconstrução de valores?
Os Estados Unidos não são nenhuma referência de bondade. Dentre seus crimes, talvez esteja o pior de todos na História da humanidade, a bomba nuclear lançada em Hiroshima e Nagazaki, matando milhares de vidas inocentes. Isto sem falar no suporte econômico e militar dado às ditaduras militares sanguinárias em toda a América Latina. Sem falar no apoio bélico às reações aos movimentos de independência na África. Sem falar no acordo político com Israel, que sustenta o assassinato de centenas de palestinos há anos.
Dito tudo isto, será que ainda é possível fazer um filme com americanos de boa índole que caçam terroristas no Oriente Médio? É importante avisar que Osama Bin Laden era aliado dos palestinos, na sua luta pela criação de seu Estado Nacional. As pessoas em geral não sabem disso. Afinal de contas, é chato dizer que se faz guerra para controlar o Oriente Médio, para ter o controle do petróleo da região, para subjugar os árabes que resistem ao domínio norte-americano. Muito mais interessante é dizer que luta-se contra fanáticos, árabes primitivos que se recusam a "ascender à civilização".
Mas hoje vimos a barbárie ganhando concretude. E foi no discurso do senhor Barack Obama e na forma de matar, se infiltrar, se livrar de corpos que se valeu o glorioso Estados Unidos da América! American Way of Killing!
Na matéria publicada no Globo dizem que ele teria usado uma mulher como escudo. E não sabem se irão apresentar registros fotográficos da ação. Querem manter ocultas as informações sobre o assassinato, Afinal, se o homem está morto não irá se defender de nenhuma das supostas ações de defesa. Agora podem chamar do que quiser, ele não pode reagir.
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